terça-feira, 24 de setembro de 2013

O mundo muda na mudança da mente

" Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a gente muda a gente anda para frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença que não se cure.
na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro!"


Alunas Luiza Tinoco e Julia Sancovsky 9°D

Tirinha da R.O.T.A


Aluna: Isabel Azevedo, 9°D

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Futuro do País - Planet Hemp


Porta dos Fundos - Ministério


Até Quando - Gabriel Pensador

(E)
Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca luta. 
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
e muita greve, você pode, você deve, pode crer. 
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver. 
Se liga aí que te botaram numa cruz e 
Só porque Jesus sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer. 

(E G D A)
Até quando você vai ficar usando rédea? 
Rindo da própria tragédia? 
Até quando você vai ficar usando rédea? (Pobre, rico, ou classe média). 
Até quando você vai levar cascudo mudo? 
Muda, muda essa postura. 
Até quando você vai ficando mudo? 
Muda que o medo é um modo de fazer censura. 

REFRãO 2x
(E G D A)
Até quando você vai levando?_(Porrada!_Porrada!) 
Até quando vai ficar sem fazer nada? 
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!) 
Até quando vai ser saco de pancada? 

(E G D A)
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente, 
seu filho sem escola, seu velho ta sem dente. 
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante, 
você ta sem emprego e a sua filha ta gestante. 
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo, 
você que é inocente foi preso em flagrante! 
É tudo flagrante! É tudo flagrante!

REFRãO 2x
(E G D A)
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!) 
Até quando vai fica sem fazer nada? 
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!) 
Até quando vai ser saco de pancada? 

(E)
A policía matou o estudante, falou que 
era bandido, chamou de traficante. 
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
e absolveu os PM's de Vigário

(E G D A)
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!) 
Até quando vai fica sem fazer nada? 
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!) 
Até quando vai ser saco de pancada? 

(E G D A)
A polícia só existe pra manter você na lei, 
lei do silêncio, lei do mais fraco: 
ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco.
A programação existe pra manter você na frente,
na frente da TV, que é pra te entreter, que é 
pra você não ver que o porgramado é você.

E
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar. 
G
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar. 
B
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar. 
D
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá. 
E
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar. 
G
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar. 
B
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
D
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar.
E  G
Escola, esmola! Favela, cadeia! 
D
Sem terra, enterra! 
A
Sem renda, se renda! Não! Não!! 

REFRãO 2x
(E G D A)
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!) 
Até quando vai fica sem fazer nada? 
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!) 
Até quando vai ser saco de pancada?

(E G D A)
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente. 
A gente muda o mundo na mudança da mente. 
E quando a mente muda a gente anda pra frente. 
E quando a gente manda ninguém manda na gente. 
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura. 
Na mudança de postura a gente fica mais seguro, 
na mudança do presente a gente molda o futuro! 
Até quando você vai ficar levando porrada, 
até quando vai ficar sem fazer nada? 
Até quando você vai ficar de saco de pancada? 
Até quando você vai levando?

http://www.youtube.com/watch?v=IymgNxV2w7s

A última chance - FERNÃO LARA MESQUITA

O Estado de S.Paulo - 17/09

O Supremo Tribunal Federal (STF) chega dividido à reta final do julgamento do "mensalão". A questão que se discute, agora na linguagem arrevesada e pontuada de tecnicalidades que o tribunal tinha evitado na fase da reconstituição dos fatos e da atribuição das culpas e penas que o Brasil inteiro entendeu, não diz respeito apenas ao destino dos réus do mensalão. É a reedição tardia de uma disputa multissecular entre alternativas antagônicas e excludentes entre si, uma das quais mantém desimpedido o caminho que conduz à democracia plena e a outra que torna impossível continuar a percorrê-lo.

A democracia moderna nasceu na Inglaterra em 1605, quando, para atalhar os Poderes, agora absolutos, que no continente os reis passavam a se atribuir pela força do terror, o juiz supremo Edward Coke, cara a cara com James I, declarou-o "under God and under the law".

O "under the law" vai sem dizer. É algo que está mais próximo de nós e, embora 408 anos depois ainda não tenhamos conseguido instituir a igualdade perante a lei com a força ampla, geral e irrestrita que ela deve ter numa democracia, entendemos bem o valor dessa conquista até pela falta que ela nos faz. Mas o "under God" também tinha a sua importância naquele momento porque cassava do rei o poder de fazer a sua versão prevalecer sobre todas as coisas e instituía os fatos, que a ninguém é dado alterar, como a única referência da verdade.

Se essa era a lei que deveria prevalecer para o embate das ideias - e foi ela que fez nascer a ciência moderna -, era ela que deveria prevalecer também para os embates entre os homens.

É emblemático que a origem dos embargos infringentes em discussão no Supremo Tribunal neste momento esteja localizada nas Ordenações Manuelinas, a primeira compilação das leis portuguesas emitidas entre 1512 e o mesmo ano de 1605 em que o mundo se dividiu entre o absolutismo monárquico, avô dos totalitarismos, e a senda da primazia dos fatos que desaguaria na democracia.

Nós, entretanto, aprendemos a pensar com os jesuítas. Seu sistema de educação, que durante séculos desfrutou um monopólio nas monarquias absolutistas, não partia de perguntas à realidade nem visava a aquisição de saber. Era um sistema defensivo que foi criado, se não para negar, o que àquela altura já não era possível, para contornar indefinidamente o confronto direto com os fatos de modo a sustentar a qualquer custo uma "verdade revelada" que era o fundamento último de todo um sistema de poder e de uma forma de organização da sociedade que estavam ameaçados pela nova ordem que se insinuava.

Não fomos, portanto, treinados para procurar a verdade, mas sim para "ganhar discussões"; para construir ou destruir argumentos, não importa em torno de quê. E o truque que os jesuítas nos ensinaram para consegui-lo foi, primeiro, despir toda e qualquer ideia a ser discutida da sua relação com o contexto real que a produziu para examiná-la como se ela existisse em si mesmo, desligada dos fatos ou das pessoas às quais se refere.

Sem sua circunstância, a ideia transforma-se num corpo inerte, ao qual não se aplicam juízos de valor que são sempre necessariamente referidos à baliza do padrão ético e moral acatado pela sociedade num determinado momento histórico. Assim esterilizado, o raciocínio é, então, fatiado nos segmentos que o compõem, sendo a coerência interna de cada um deles examinada isoladamente nos seus aspectos formais, segundo as regras da lógica abstrata, as únicas que podem ser aplicadas a esse corpo dissecado.

Se qualquer desses segmentos apresentar a menor imperfeição lógica ou puder ser posto em contradição com qualquer dos outros, essa "imperfeição" contamina o todo e o debatedor está autorizado a denunciar como falso o conjunto inteiro, mesmo que, visto vivo e dentro do seu contexto, ele seja indiscutivelmente verdadeiro. É um truque infernal, porque põe a verdade a serviço da mentira, o que torna mais difícil denunciá-la.

É esse o confronto que o STF reedita no julgamento do "mensalão". E, curiosamente, o ministro Celso de Mello, a quem se atribui a propensão de voltar a privilegiar a forma em detrimento do significado na decisão final, foi o primeiro que fez o contrário, quando, na primeira fase do julgamento, deu ao "mensalão" a sua real dimensão de "atentado aos fundamentos da República" e "tentativa de golpe contra a democracia" que ele indubitavelmente teve, e pautou o rumo que levou às penas que agora podem ser revistas.

"Hermenêutica", que mestre Houaiss define como "a técnica que tem por objeto a interpretação de textos religiosos ou filosóficos, especialmente das Sagradas Escrituras", é a ferramenta que pode operar essa reversão.

O texto do regulamento interno do STF onde restaram esquecidos os embargos infringentes, um dos expedientes de que se armou El-Rei para passar indefinidamente ao largo da realidade quando isso lhe conviesse, faz as vezes da "sagrada escritura" em contradição com a qual estão a Constituição de 88 e a Lei 8.038, de 1990, que baniram esse instrumento do nosso ordenamento jurídico.

O infindável caudal "hermenêutico" que a metade dos juízes que o querem exumado e consagrado tece em torno deles é a tentativa de dissecação para tornar irreconhecível o corpo das verdades estabelecidas a partir dos fatos na primeira fase do julgamento a que a outra metade dos juízes quer referir o resultado final.

A decisão de amanhã, que fará jurisprudência, balizará a vida das próximas gerações de brasileiros. Podemos ver revigorada a esperança de ingressar na modernidade e sonhar com a democracia e a consagração do mérito, ou continuar condenados a percorrer o círculo do absurdo no qual os dados da realidade, o senso comum e a razão não são admitidos como instrumentos bastantes para dirimir controvérsias, o que torna dispensável a educação e consagra o amiguismo e a esperteza, que conduzem necessariamente ao conchavo e à corrupção, como as únicas condições necessárias para o sucesso.

Mensalão - A Saga Continua

No dia 18 / 09, o S.T.F (Superior Tribunal Federal) aprovou os Embargos Infringentes dos atuantes do Mensalão, o maior escândalo de corrupção do Brasil. A aprovação dos Embargos significou um novo julgamento que pode resultar em novas penas, ou absolvições.

Os Embargos Infringentes

Os Embargos Infringentes são recursos cabíveis contra acórdãos, representação resumida da conclusão de um julgamento, não unânimes proferidos por tribunais.
Em outras palavras: Como a decisão de punição de formação de quadrilha, pelo S.T.F, foi muito acirrada em alguns casos, há uma possibilidade de julgar novamente as penas.
Assim, 12 dos 25 condenados entraram com esse recurso. Como essa é uma lei antiga, os juízes do Supremo Tribunal fizeram uma votação para ver se esse recurso era válido. E, como estamos no Brasil, a maioria dos juízes foram corrompidos a aceitar os Embargos. Portanto, em 2014 haverá um novo julgamento dos "mensaleiros" para a pena de formação de quadrilha, entre outros crimes.
Como poderiam ficar as penas se réus obtiverem absolvições após análise dos embargos infringentes no mensalão (Foto: Editoria de Arte / G1)     -Para constatar, um regime fechado é quando o condenado permanece na prisão, sem direito de sair, até o final de sua pena.
- O semiaberto é quando o condenado tem de dormir na prisão, porém pode passar o dia em sua casa e também pode continuar trabalhando.
- O aberto é quando o condenado não tem de passar nenhum tempo na prisão, e apenas, em alguns casos, tem de ficar em casa (prisão domiciliar)

E para reparar na triste ironia, como a maioria dos "mensaleiros" terá um regime semiaberto, durante o dia, eles trabalharão em reger as leis de nossa nação, e anoite, dormirão no chilindró (presídio).

Os ministros do S.T.F

Antes de mais nada, diremos quais ministros do Supremo votaram a favor e quais votaram contra a uma nova possibilidade de julgamento dos atuantes do Mensalão.

A favor: 
-Ricardo Lewandowski (revisor do processo)
-Celso de Mello
-Rosa Weber
-Dias Toffoli
-Teori Zavascki
-Luís Roberto Barroso

Contra:
-Joaquim Barbosa (relator do processo e presidente do S.T.F)
-Luiz Fux
-Cármen Lucia
-Gilmar Mendes
-Marco Aurélio Mello

Sobre os ministros que votaram a favor, temos algumas ponderações a fazer:
-Ricardo Lewandowski tem como mãe uma amiga próxima da mulher de Lula. Dizem que por esta razão que ele teve uma atuação completamente parcial no julgamento do Mensalão
-Celso de Mello absolveu Fernando Collor de seus crimes fiscais e votou contra a lei da ficha limpa, que diz somente candidatos com uma "ficha limpa" podem ser eleitos (algo que ele não tem)
-Dias Toffoli foi de 1995 a 2000 assessor jurídico da liderança do P.T nas Câmaras dos Deputados e em 2002 e 2006 advogado da campanha de Lula para presidência.
-Já Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso não participaram do primeiro julgamento do mensalão e, provavelmente, querem seu lugar na história do Brasil.

Com isso, temos a trágica possibilidade de as possíveis novas penas serem proclamadas.

Por José Mifano e Miguel Fragelli, 9ano B.


Fonte da imagem: http://g1.globo.com/politica/mensalao/noticia/2013/09/por-6-5-supremo-decide-dar-nova-chance-12-reus-do-mensalao.html